Em Nova Olinda do Maranhão, uma das disputas mais acirradas do país terminou com uma diferença de apenas dois votos, elegendo Ary Menezes (PP) como prefeito. Menezes venceu Thaymara Amorim (PL), mas o pós-eleição trouxe à tona graves acusações de compra de votos e ameaças.
Danilo Santos, lavrador, revelou ter vendido seu voto após ser procurado por Ary Menezes, seu vice, Ronildo da Farmácia (MDB), e Clecia Barros (Republicanos), aliada do grupo. “Eles foram na minha casa e perguntaram o que eu queria em troca do voto”, contou. Segundo ele, não recebeu tudo o que foi prometido e, após a eleição, um caminhão da prefeitura retirou materiais de sua casa. “Como não me deram tudo, começaram as ameaças”, disse.
A pescadora Luciane Souza Costa também relatou ameaças após seu marido ter vendido o voto. Ela, que optou por não votar em Ary, postou vídeos onde aparece sendo intimidada por apoiadores do candidato. “Me ameaçaram de morte, a mim, meu marido e minhas filhas”, relatou.
**Outro lado**
O prefeito eleito, Ary Menezes, afirmou em nota que “a compra e venda de votos compromete a democracia” e que as acusações devem ser investigadas pela Justiça Eleitoral. Ronildo da Farmácia negou qualquer envolvimento com a prática, garantindo que a campanha foi “limpa”. Clecia Barros também se defendeu, declarando que não tinha conhecimento das denúncias e reiterando seu compromisso com a democracia.
