Na primeira audiência de instrução, realizada em 14 de julho, no Fórum Henrique de La Roque Almeida em Imperatriz, a Justiça do Maranhão negou o pedido da defesa para que fosse realizado um exame de sanidade mental em Jordélia Pereira Barbosa, de 36 anos. Ela é acusada de envenenar um ovo de Páscoa que provocou a morte de duas crianças — Evely Fernanda, de 13 anos, e Luiz Fernando, de 7 — e deixou a mãe, Mirian Lira, em estado grave.
O juiz considerou que não há indícios de que Jordélia fosse incapaz de responder por seus atos, portanto, manteve a decisão de não realizar o laudo psiquiátrico.
Em depoimento, a acusada confirmou que enviou o ovo de chocolate, mas negou ter colocado veneno, acusando terceiros — tese rejeitada pela Justiça.
Mirian, a mãe das vítimas, participou por videoconferência e relatou ter sofrido ameaças desde que iniciou um relacionamento com o ex-marido de Jordélia. Além dela, também prestaram depoimentos o mototaxista que entregou o ovo, o irmão de Mirian e colegas de trabalho.
Os exames toxicológicos identificaram “chumbinho” no chocolate, elemento-chave das investigações. Jordélia está presa em São Luís desde 17 de abril, acusada de duplo homicídio e tentativa de homicídio com agravante de envenenamento, supostamente motivado por vingança.
A família das vítimas declarou confiança de que tanto a Justiça humana quanto a divina será feita, considerando aquela audiência como “o primeiro passo” no processo.
Resumo
- A defesa de Jordélia pediu exame de sanidade mental, mas o juiz negou por entender que não há sinais de incapacidade mental.
- Jordélia é acusada de enviar um ovo de Páscoa envenenado com “chumbinho”, que matou duas crianças (13 e 7 anos) e deixou a mãe gravemente doente.
- Ela admitiu que comprou e entregou o ovo, mas negou responsabilidade pelo veneno, alegação rejeitada pela Justiça.
- Vítimas e testemunhas (a mãe, um mototaxista, familiares e colegas) prestaram depoimentos na audiência.
- Jordélia está presa desde 17 de abril, acusada de duplo homicídio e tentativa de homicídio qualificado.
- A família das vítimas aguarda Justiça, considerando essa audiência como o início do processo.