Um levantamento realizado pelo Blog CTA Notícias revela que a gestão do prefeito de Coroatá, Luís Mendes Ferreira Filho (PT), gastou mais de R$ 2,7 milhões com diárias e passagens no período de 2021 a 2024. De acordo com os dados obtidos no Portal da Transparência, entre janeiro de 2021 e novembro de 2024, os pagamentos somaram exatos R$ 2.756.889,07 em recursos públicos.
O levantamento chama atenção para os elevados gastos, especialmente no ano de 2021, que foi marcado pela pior fase da pandemia de Covid-19. Durante aquele ano, a prefeitura de Coroatá divulgou um decreto com medidas restritivas para conter a propagação do vírus, o que gerou uma série de impactos econômicos e sociais. No entanto, apesar do cenário de crise e da implementação do “fecha tudo”, o município desembolsou R$ 539.982,31 em diárias e passagens.
Ao longo de quatro anos, o município continuou a realizar altos gastos, conforme os dados a seguir:
O levantamento não destaca grandes eventos ou agendas de relevância nacional para justificar os gastos, o que tem gerado questionamentos sobre a destinação dos recursos públicos durante a gestão. O relatório completo dos gastos com diárias e passagens pode ser consultado para mais detalhes.
COMPARATIVO: COROATÁ X CAXIAS
Os gastos com diárias e passagens das prefeituras de Coroatá e Caxias, no Maranhão, mostram um panorama discrepante entre as duas cidades. Em 2021, Coroatá gastou R$ 539.982,31, e viu um aumento progressivo nos anos seguintes, com R$ 635.971,90 em 2022, R$ 869.886,46 em 2023 e R$ 711.048,40 para 2024. Já Caxias teve gastos bem mais baixos: R$ 128.980,00 em 2021, R$ 190.290,00 em 2022, R$ 268.680,00 em 2023 e R$ 563.250,00 em 2024. O somatório das despesas revela que, enquanto Coroatá gastou um total de R$ 2.757.889,07 nos últimos quatro anos, Caxias registrou R$ 1.451.200,00 no mesmo período. Isso representa uma diferença de R$ 1.306.689,07, ou 90% a mais para Coroatá em comparação com Caxias.
Embora os gastos de Coroatá sejam significativamente maiores, a cidade tem apresentado uma falta de “agendas positivas” no que tange ao uso desses recursos. Diferente de Caxias, onde há um registro maior de ações e investimentos em projetos que demandam deslocamentos e, consequentemente, o uso de passagens e diárias, Coroatá tem se destacado pela escassez de investimentos. Isso pode indicar uma gestão ineficiente desses recursos ou até mesmo uma falta de transparência em relação aos objetivos desses gastos.