Julho começa com com a conta de energia mais cara em todo país

“A bandeira amarela foi acionada em razão da

previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e
pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no
mesmo período”, diz Anee.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a conta de luz terá acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos no mês de julho. A cobrança adicional vai ocorrer por causa do acionamento da bandeira tarifária amarela.

Segundo
a agência, a previsão de chuva abaixo de média e a expectativa de
aumento do consumo de energia justificam a tarifa extra. O alerta foi
publicado na sexta-feira (28 de junho). A bandeira tarifária amarela não
era acionada desde abril de 2022 e valerá aos consumidores de energia
do Sistema Interligado Nacional (SIN), com custo adicional na conta de
luz.

“A bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de
chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela
expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo
período”, disse a Aneel em comunicado.

A Agência prevê um cenário de “escassez de chuvas”, aliado a um
inverno com temperaturas superiores à média histórica do período. Nesse
caso, passam a operar as termelétricas, com energia mais cara que as
hidrelétricas.

A classificação “amarela” indica condições de
geração de energia menos favoráveis e, na prática, leve a um acréscimo
de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

O
acionamento, já em julho, pode elevar a conta de luz em torno de 2,6%,
com impacto total de 0,10 ponto porcentual no IPCA a ser incorporado
quase que integralmente já no próximo mês, de acordo com projeção da MCM
Consultores.

Bandeira verde – A
bandeira verde, com “condições favoráveis”, foi mantida seguidamente
por 26 meses, desde abril de 2022. Criado em 2015, o sistema de
bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de
energia no país, e busca atenuar os impactos nos orçamentos das
distribuidoras de energia.

Antes, o custo da energia em momentos
de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no
reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo
atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras
mensalmente por meio da “conta Bandeiras”.

O sistema de bandeiras tarifárias reflete o custo variável da
produção de energia. O acionamento de fontes de geração mais caras, como
as termelétricas, tende a aumentar o custo.

Gatilhos – A
mudança de bandeira depende de três gatilhos: Preço de Liquidação das
Diferenças (PLD), nível de risco hidrológico (GSF), e a geração fora do
mérito de custo (GFOM), associada ao período de crises hídricas.

Para
julho, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o risco
hidrológico e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).

A Aneel explica que não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM),
que é decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).

(Com informações da Agência Brasil)