Ex-prefeito Luís da Amovelar Filho deixa rombo acumulado de mais de R$ 180 milhões na Prefeitura de Coroatá

A nova gestão de Coroatá decretou calamidade financeira após identificar um déficit superior a R$ 180 milhões nas contas públicas, herdado da administração anterior, comandada pelo ex-prefeito Luís da Amovelar Filho. A situação financeira, considerada grave, veio à tona após uma análise detalhada das contas do município.

Entre as principais dívidas, chama atenção o débito com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que ultrapassa a marca de R$ 135 milhões. Além disso, durante os últimos dois dias da gestão de Luís Filho, foram realizados parcelamentos de dois débitos com a Receita Federal. O primeiro, no valor de R$ 24,1 milhões, e o segundo, no montante de R$ 21,8 milhões, totalizando R$ 45,9 milhões de dívidas acumuladas em seus oito anos à frente da prefeitura.

A nova administração também revelou que o primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), efetuado no dia 10 de janeiro, foi integralmente retido para cobrir dívidas acumuladas. Além disso, há salários atrasados e direitos trabalhistas não pagos, agravando ainda mais a situação dos servidores municipais.

Diante desse cenário, a atual gestão informou que o decreto de calamidade financeira é indispensável para reorganizar as finanças públicas e garantir a continuidade dos serviços essenciais, como saúde e educação. “Nossa prioridade é o pagamento dos servidores e a normalização dos serviços para a população de Coroatá. Estamos comprometidos com transparência e responsabilidade”, destacou a administração em nota oficial.

A prefeitura reiterou o objetivo de superar o desequilíbrio nas contas e devolver a estabilidade financeira ao município. As medidas adotadas visam preparar Coroatá para um futuro sustentável, apesar do impacto causado pelos débitos herdados.